Retrospectiva 2014: O que Lemos, Assistimos, Ouvimos...e Fizemos

Vanille Vie não é só livros é HUE BR também!

E é isso, chegamos ao final de mais um ano. De novo aquela sensação que tudo passou muito rápido e que não fizemos nem metade do que pretendíamos. Mas fim de ano tem todo aquele clima melancólico e nostálgico de rever metas, objetivos e, claro, medir o que fizemos. Nem todo mundo gosta de retrospectivas, todo mundo faz, é clichê e é meio ZzzZzz ficar relembrando o ano que passou. Mas se teve coisa boa, porque não relembrar? Então vai ter retrospectiva no Vanille Vie SIM e se reclamar vai ter metas para 2015 também (brincadeirinha).

O objetivo da nossa retrospectiva é relembrar aquele livro que amamos e vamos levar para sempre, aquela série maravilhosa que começamos a ver e obrigamos todos os amigos a ver junto, a música que embalou os momentos mais memoráveis e... porque não, nossas maiores realizações do ano, aquilo que fizemos ou aprendemos/descobrimos e que nos fez feliz ou nos mudou. 

Então, VALENDO! Hit it!

Melhor livro lido

Debora: Não tenho lido tanto quanto antigamente e quanto gostaria, mas em 2014 li mais que no ano passado, então já é uma boa. Li bons livros esse ano, quase nenhum que tenha me arrependido de ter gastado o tempo. Fiquei entre 4 livros para melhores do ano, eles despertaram diferentes sentimentos em mim, me fizeram refletir sobre várias coisas e tiveram o poder de me prender e fazer pensar em suas histórias por dias a fio. Sob a Redoma, Garota Exemplar e Outlander -  A Viajante do Tempo são os 3 e o quarto que escolhi como melhor livro lido em 2014 é Fahrenheit 451. Esse livro é tão lindo, perturbador, atual, magistralmente bem escrito e fez algo dentro de mim sair da escuridão para a luz que até hoje me pergunto porque demorei tanto tempo para ler e porque ainda não o reli até decorar cada linha.

Julia: Pensar qual foi o melhor livro que li em 2014 implica fazer uma "listinha" e, mesmo tendo lido muito no decorrer do ano, o saldo final de livros lidos (em números) foi meio frustrante, rsrs. Ainda assim, tive experiências literárias incríveis, entre elas Holocausto Brasileiro da jornalista Daniela Arbex, o emocionante final de trilogia, Convergente da autora Veronica Roth, as profundas crônicas de Caio Fernando Abreu em Morangos Mofados, etc. Mas ao pensar em um livro marcante para mim neste ano, escolho Dercy de Cabo a Rabo, a biografia relatada pela própria Dercy Gonçalves à dramaturga Maria Adelaide Amaral e transcrita por esta última. Este conjunto de relatos, descritos com a maior fidelidade e respeito pela escritora, mostram a verdadeira Dercy, profundamente, despindo os olhos do leitor de todos os conceitos pré concebidos e midiaticamente difundidos. Escolhi este livro pela personalidade desta mulher ter me tocado fortemente e mudado muito do que há em mim, me fazendo admirá-la muito mais!

Ketelin: Imaginem só a minha decepção quando percebi que não consegui ler nem 20 livros em 2014. Triste, não? ("ler mais" já está na lista de metas para 2015). Ainda assim, apesar de terem sido poucos, li livros ótimos. Haviam vários candidatos ao posto de Melhor Livro desse ano, como A Esperança ou Irmã, mas acabei escolhendo o livro Fale!, da autora Laurie Halse Anderson, que traz uma história realmente linda, bem escrita, e que foi capaz de me tocar de forma muito profunda. Meu único desejo é que mais livros da autora sejam publicados aqui no Brasil. 

Melhor série e filme

Debora: Se minhas leituras estão em baixa a faculdade não é a única culpada. Basicamente eu parei de ler tanto e os filmes ficaram de lado porque eu passei a assistir séries igual uma louca desvairada. Mas em minha defesa não é minha culpa se cada vez há mais histórias com plots interessantes! Uma série apocalíptica com um bando de adolescentes produzida pela CW (The 100)? Fala sério, como continuar vivendo sem acompanhar? Maaas não é essa que ganha de a melhor do ano ou Outlander, minha mais recente xodó, ou Penny Dreadful, ou ainda Orphan Black, que me tirou sono. É a queridinha do meu coração que me faz rir, me faz chorar, me faz dar gritos de susto, de ansiedade e de indignação, liderando meu mais novo coração apaixonado por super-heróis e a melhor série do ano na minha grade: Arrow. Só queria dizer que a 2ª temporada lacrou o mundo e fez o choro das inimigas. Se você não assiste, recomendo com toda a minha alma.
Como eu disse não tenho assistido tantos filmes, mas vi poucos e bons durante o ano que passou. Fiquei com inveja de quem tem cinema e pode ir assistir os maravilhosos lançamentos. O filme que ficou em 2ª lugar no meu ranking foi o galáctico Guardiões da Galáxia. Que filme, amigos. Um dos melhores de super-heróis que minha pouca experiência nesse gênero já presenciou. Estou rindo até hoje de todas as cenas do Rocket e nunca vou parar de rir da cena do Peter Quill cantando e dançando "O-O-H Child". Mas vamos ao melhor filme do ano que na verdade é da década de 80, but who cares?, afinal é Clube dos Cinco. Outra na categoria "porque demorei tanto para ver?". Tão singelo, honesto, divertido e profundo, com personagens nada menos do que incríveis e inspiradores. 

Julia: "Se minhas leituras estão em baixa a faculdade não é a única culpada" (THEOBALD, Debora, 2014). Ainda que eu assista bem menos séries do que a Debora e a Ketelin, admito sim que muitas séries danadinhas têm tomado meu curto tempo. E sim, eu amo isso. Neste ano acompanhei, fiel, minhas amadas séries de comédia: 2 Broke Girls, New Girl, Mom, The Big Bang Theory. Abandonei Revenge porque estava meio "é, pois é, sei lá", mas continuei com Reign, comecei a assistir Arrow, Friends, o reality RuPaul's Drag Race, e as duas favoritas, fucking awesome, séries lacradoras

Outlander e The 100. Escolher entre estas duas últimas é missão quase impossível! Mas como devo escolher uma, apesar de amar Outlander, para série que mais me marcou neste ano, fico com The 100. Assisti em 1 dia a primeira temporada e devo dizer que a segunda está superando tudo o que eu já havia imaginado para a série! Quanto a filmes, é igualmente difícil escolher apenas 1. Assisti a produções excelentes e outras, nem tanto. Apesar de ter amado, vibrado e quase enlouquecido assistindo à filme incríveis, como Ensaio Sobre a Cegueira, Ilha do Medo, Histórias Cruzadas, Bastardos Inglórios e Interestelar, para filme que me marcou e me tocou neste ano, escolho Questão de Tempo, pela beleza das emoções das personagens e por um elenco que transmitiu tais emoções com sinceridade e carinho, me encantando e cativando a cada cena.

Ketelin: Bom, fico feliz que, embora tenha lido pouco nesse ano, ao menos consegui assistir vários filmes. O problema agora é escolher qual eleger como o melhor. Fiquei muito na dúvida entre Histórias Cruzadas, Ensaio Sobre a Cegueira, Como Treinar o Seu Dragão 2, Bicho de Sete Cabeças... mas, como só posso escolher um, que seja então Bastardos Inglórios. Não sei porque demorei tanto para assisti-lo, mas já estou até com vontade de vê-lo novamente e até coloquei na lista de Metas Para 2015 o item "assistir mais filmes de Quentin Tarantino". 

Além de filmes, vi boas séries também, como The 100, Orphan Black e How to Get Away With Murder, mas a melhor que vi em 2014 sem dúvida foi Sherlock. Já havia baixado as três temporadas que foram lançadas até agora há bastante tempo, mas nunca as assistia. Quando comecei a ver a série, logo me apaixonei (embora eu seja suspeita de falar algo, já que sou uma fã declarada de Sherlock Holmes). O enredo, os atores, os personagens.. tudo me encantou!

Melhor(es) música(s)

Debora: Eu coloquei essa categoria e estou lamentando desde o segundo subsequente. Música é algo difícil. Algo rápido, fugaz e efêmero. Existiram tantas músicas que me marcaram nesse ano, tantas que passei dias e dias ouvindo em um loop sem fim até enjoar e serem renegadas ao esquecimento no fundo da minha pasta de músicas. Então por mais que eu saiba que não vou fazer jus a todas as músicas que ouvi esse ano, vamos lá: escolhi 3, porque ninguém é de ferro, né? A primeira música que embalou meu ano e ficou marcada é Let Me In do Grouplove e que faz parte da trilha sonora de A Culpa É Das Estrelas. Sabe aquela música que vai fundo e toca a alma? É essa. Tinha momentos em que simplesmente me fugia a imensidão e a capacidade de eu amar tanto essa música. A música que eu definitivamente não conseguiria sobreviver ao ano sem é Love On Top da rainha Beyoncé. Eu estava triste, deprimida, querendo largar os trocentos trabalhos de faculdade e chorar em posição fetal? Era só colocar Bey com essa batida e o mundo ficava melhor. A terceira e última é I Lived do OneRepublic, a letra certeira já fala por si. 

Julia: Eu deveria dedicar um parágrafo inteiro para xingar a Debora por ter posto esta categoria, e outro parágrafo para agradecê-la pela boa ideia pois, por mais difícil que seja eleger somente algumas músicas em um ano todo, acredito que seja necessário fazê-lo, uma vez que foram estas músicas que tornaram a rotina mais interessante. Enfim, neste ano ouvi de tudo um pouco e permiti aventurar-me ainda mais pelas jóias da música nacional. Mas, compondo minha trilha sonora este ano tenho: Let me in your heart again, Queen (por motivos óbvios de eu gostar de cantá-la como uma catarse particular), Supercombo (não consigo me decidir entre Amianto e Piloto Automático) e muuito Dire Straits! 

Ketelin: Um ano é tão longo... foram tantas músicas ouvidas que fica muito complicado lembrar de todas, quais você mais ouviu, quais mais te marcaram. Eu, como sempre, tive uma pequena seleção de músicas para cada momento passado, e outras canções que ouvi periodicamente ao longo do ano. Há bem mais músicas do que eu poderia colocar aqui, mas algumas que realmente merecem estar nesse post são: What It Is, do Dire Straits (que passou os últimos meses de 2014 recebendo muitos replays); praticamente todas da Lindsey Stirling (sempre me animando enquanto fazia os trabalhos da faculdade) e muito Rival Sons e The Pretty Reckless.

Maior realização (ou simplesmente algo que você se orgulhe de ter feito)

Debora: Sempre que chega o fim do ano e começamos a pensar o que fizemos durante ele eu entro em pânico porque parece que não fiz nada durante ele, sequer parece que o vivi. Tudo mera ilusão claro, mas é o que sinto. Quando começo a repensar o que realizei acabo pensando em coisas que, na verdade, foram feitas em outros anos. É como se o primeiro semestre do ano fosse apagado da minha mente. Ninguém se importa, mas precisava compartilhar essa neura, então...Esse ano pode não ter sido um grande e memorável ano, porém foi um ano de aprendizado. Terminei o segundo ano da faculdade com sucesso, mesmo que em alguns momentos duvidasse que fosse conseguir. Aprendi que a saudade que sinto por estar longe dos meus pais deve me motivar a continuar e não desistir. Mas foi, principalmente, um ano que cresci como pessoa. Mudei pensamentos antigos, descobri coisas novas e elucidei mais um pedacinho de quem eu sou. Em suma 2014 foi um ano de mapear o bom e o ruim e 2015 será um ano de tirar o ruim e priorizar o bom, e continuar juntando pedaços de quem eu sou. 

Julia: Esta, definitivamente, é a questão mais difícil (e muitas vezes dolorosa) que fazemos a nós mesmos todos os anos. Elencar "as coisas que fiz" implica um retrocesso detalhado de todo um ano, assim como nos implica olhar com atenção os erros e os acertos e percebê-los então como conquistas de aprendizado, como experiências das quais sempre podemos tirar algo, seja orgulho, seja constrangimento mas, principalmente, boas risadas. O ano de 2014 para mim foi importante em diversos aspectos. Foi um ano em que vivi (e estou vivendo) um dos melhores momentos da minha vida. Estou cursando o que amo, tenho perto de mim pessoas incríveis, estou em um lugar que gosto e levo em cada dia o foco na pessoa que quero ser. Não consigo pensar em uma grande realização que eu tenha feito neste ano, mas em inúmeros pequenos passos que dei e que têm peso e significado enormes para mim, e dos quais me orgulho imensamente. Enquanto pessoa, mudei muito. Enfim, este ano foi especial, foi diferente, sim. E, ao fazer esta retrospectiva da minha vida, sorrio para mim mesma ao perceber que este ano foi especial, porque eu o fiz especial. 

Ketelin: Não sei se há algo que eu "me orgulhe" de ter feito em 2014. Acho que não. Mas não posso negar que foi um ano em que várias coisas aconteceram na minha vida. O maior dos acontecimentos foi que ingressei numa universidade (de novo, mas enfim..) e fui morar sozinha, longe dos pais, por causa disso. Fico feliz que, apesar da saudade da família, percebi que posso muito bem me cuidar sozinha. Conheci pessoas incríveis (com as quais me diverti demais), ri e aprendi muito, e realmente dessa vez estou me identificando com o curso que escolhi. Também viajei para São Paulo e, mais legal do que conhecer a cidade, foi ter ficado ainda mais próxima de alguns colegas que viajaram comigo. No entanto, nem tudo foi uma maravilha, claro. Como todo ano, nesse também houveram momentos difíceis, mas dos quais tentarei tirar aprendizados para levar aos anos seguintes. Sendo assim, posso dizer que o melhor desse ano foi descobrir um pouco mais de mim mesma, de quem pretendo ser, e do que preciso quero realizar em 2015.


Chegamos ao final da nossa retrospectiva. Mas se você quer ver quais foram os post mais legais que rolaram no blog em 2014 corre no twitter @Vanille_Vie que tá tudinho lá ou acesse #RetrospectivaVanilleVie2014 no twitter!
Obrigada pela companhia nesse ano e ATÉ 2015!

Porque aqui a zueira nunca acaba (Julia, Keti e Debora)

Beijos!