Curta: Eu não quero voltar sozinho e Longa: Hoje eu quero voltar sozinho


Olá leitores! 
Bem, o post que preparei pra hoje é um tanto especial. Digo isto pela inspiração para escrever que o tema me trouxe.
Não se enganem, pois o assunto não é exatamente novo e, principalmente, o curta também não, rsrs.
Vamos falar sobre Eu não quero voltar sozinho, um curta-metragem brasileiro produzido pela Lacuna Filmes e exibido em 2010 com a direção do cineasta Daniel Ribeiro juntamente com Diana Almeida.

Bem, para quem ainda não assistiu Eu não quero voltar sozinho, vou falar um pouco sobre.

O curta-metragem é sobre a vida de Leonardo, interpretado pelo ator Ghilherme Lobo, um adolescente que, como qualquer outro, está passando por uma fase turbulenta, cheia de dúvidas, escolhas, novidades, enfim... a adolescência! rsrs Ah, e o Leo é cego. Por isso conta quase sempre com a ajuda da melhor amiga Giovana, Tess Coelho uma fofa. Leo e Giovana são amigos inseparáveis, até a chegada do novato Gabriel, Fabio Audi. Gabriel logo se torna amigo dos dois, mas entre ele e o Leo surgem sentimentos ainda pouco conhecidos por ambos. 
É super interessante o modo como o curta aborda questões como amizade, homoafetividade, sexualidade especialmente nesta fase da vida, onde os pensamentos são carregados de dúvidas, e o modo como os jovens lidam com tais dúvidas se mostra tão espontâneo e sincero. 
Adoro curtas brasileiros, mas este é um dos meus favoritos!
Se ainda não viu, assista:


Mas esta bela produção já causou muita polêmica. Ao ser exibido aos alunos de uma escola no estado do Acre em 2011, através do programa Cine Educação, o curta foi confundido pelos alunos com o "kit anti-homofobia". As autoridades religiosas e políticas da cidade uniram-se para censurar e proibir o projeto Cine Educação.
Notas: "O programa Cine Educação, uma parceria com a Mostra Latino-Americana de Cinema e Direitos Humanos, tem como objetivo 'a formação do cidadão a partir da utilização do cinema no processo pedagógico interdisciplinar' e disponibiliza diversos filmes cujos temas englobem os direitos humanos, de modo que professores escolham quais são mais adequados para serem trabalhados em aula." 
"Eu Não Quero Voltar Sozinho não é um filme proselitista, tampouco ergue bandeiras de nenhuma natureza. É apenas uma obra de ficção amplamente premiada em festivais de cinema no Brasil e no exterior, cujos predicados artísticos e humanos transcendem qualquer crença. Ademais, se assuntos referentes à orientação sexual dos indivíduos e seus respectivos direitos civis estão na pauta do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional, por que não debatê-los em sala de aula? Que combate sombrio é esse, que reacende a memória de um obscurantismo Inquisidor?"
Disponível: http://www.lacunafilmes.com.br/sozinho/censura.html 

Me revoltam estes desnecessários embates. É triste ver que, quanto mais de fala em liberdade de expressão e escolha, mais se ergam muros de tabus envolta de tais assuntos. Enquanto isso, torna-se banal a luta pela quebra de tais tabus, que impedem a muitas crianças, jovens e adultos, a vida plena de sua sexualidade, de suas escolhas e, consequentemente, de uma vida saudável

De qualquer forma, o que importa é que ainda em 2012 foi anunciado o presente do diretor Daniel Ribeiro nos com o longa-metragem inspirado no curta. Hoje eu quero voltar sozinho foi e está sendo exibido no Berlinare - Berlim International Film Festival desde o dia 06/02/13 e será exibido no Brasil dia 28/03/13.
*------* Veja o trailer e fique curioso (a) como eu:


Um dos principais motivos que me fazem adorar
esta produção, é a atuação dos atores. Longe de pretensiosidades, mas não é sempre que atores principiantes brasileiros nos cativam. Mas a interpretação dos três protagonistas de Eu não quero voltar sozinho me conquistaram. Principalmente Ghilherme Lobo (Leo), e não me refiro à estes serem grandes promessas ou destaques. Mas o que amei foi a forma simples e sutilmente sagaz, com que eles dão vida aos personagens. #Fã rsrs
A espontaneidade retratada na história e nos atos dos personagens nos mostra que podemos nos permitir ser autores de uma vida que tenha a nossa cara, encarando com um pouco mais de leveza, criatividade e alegria as duras reviravoltas da vida.


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