Resenha: A Cura Mortal - James Dashner

Título: A Cura Mortal
Autor (a): James Dashner
Editora: Vergara & Riba
Páginas: 368
Por trás de uma possibilidade de cura para o Fulgor, Thomas irá descobrir um plano maior, elaborado pelo CRUEL, que poderá trazer consequências desastrosas para a humanidade. Ele decide, então, entregar-se ao Experimento final. A organização garante que não há mais nada para esconder. Mas será possível acreditar no CRUEL? Talvez a verdade seja ainda mais terrível... uma solução mortal, sem retorno.




A Cura Mortal é o último livro da trilogia iniciada em Correr Ou Morrer. O livro começa praticamente no mesmo ponto em que Prova de Fogo acaba, Thomas está preso em um quarto branco, separado de seus amigos e sem saber o que está acontecendo.

Então, o Homem Rato aparece dando a chance a Thomas e seus amigos de recuperarem a memória e ajudarem o CRUEL a produzir uma cura para o Fulgor, baseada nas Variáveis produzidas nos Experimentos pelos quais passaram. 

Porém, Thomas, Minho e Newt não confiam nem um pouco no CRUEL e acabam fugindo junto com Brenda e Jorge. Eles vão para Denver, uma das únicas cidades no mundo que sobrevive ao Fulgor graças a uma rígida vigilância, e finalmente podem ver quão devastador, horrível e desafiador é viver em um mundo em tais condições de destruição. 

Finalmente! Consegui terminar essa série maravilhosa. Depois de uma leitura um pouco difícil em Prova de Fogo, fui apostando todas as cartas em A Cura Mortal. E sei que Deus é bom (ou nesse caso o James) quando as 40 primeiras páginas já tinham me feito surtar e sentir mais do que todas as 300 do livro anterior. No entanto, A Cura Mortal é um livro de altos e baixos, a emoção, ação e acontecimentos não se mantêm sempre em um ritmo acelerado. Às vezes fico com a sensação de que não apenas esse livro, mas toda a série poderia ter sido resolvida em bem menos páginas se as coisas fossem mais diretas.
"- Não - Thomas discordou. - Não podemos mais agir assim. Às vezes eles fazem coisas só para me obrigar a fazer o contrário do que acham que eu acho que acham que eu quero fazer." p. 133
O que nos leva ao fato de que em últimos livros esperamos respostas. No início James continua nos dando respostas, porém elas apenas continuam gerando mais perguntas. E do meio pro final quando percebi que o CRUEL, os Experimentos, Thomas, Teresa e o papel de cada um realmente era aquilo que eu já pensava a muito tempo fiquei... decepcionada. Um pouco, pelo menos. O mistério e toda a situação envolvente criada no livro me levou a acreditar que havia muito mais por trás de tudo. Entretanto, isso não tira o mérito de toda a trama, que continua sendo ótima, envolvente e instigante. 

Pelos parágrafos anteriores pode parecer que esse último livro foi, para mim, meio MEH. Mas, na verdade, apenas me apaixonei mais pela história e, principalmente, pelos personagens. Posso não ter apreciado tanto a falta de respostas (que pode até ser entendível, afinal nada é certo em um mundo assim), no entanto me senti parte dos desafios enfrentados por Thomas, Brenda, Minho e Newt. Sofri com eles, torci por eles.

Thomas continua sendo Thomas: agindo no momento, tentando salvar todos com os poucos recursos que tem e sendo um chato de galochas quando se trata da Teresa. Minho, ah Minho, rei de todo esse universo, com certeza. Um dos melhores e mais interessante personagem que o James criou, a cada linha eu o amava mais. E também tem o Newt, meu pobre Newt. Vou sentir tanta falta dele. Brenda é algo para se espelhar, corajosa, badass, durona e faz o necessário pra sobreviver.
"Minho encarou Thomas com uma expressão séria. – Se não voltar a vê-lo do outro lado – falou forçando a emoção na voz – lembre-se de que amo você. – Abafando o riso enquanto Thomas revirava os olhos, avançou porta adentro."
Se tem uma coisa que aprendi nos outros livros e ficou claro nesse último é que o mundo não é justo e as pessoas são cruéis, não medindo escrúpulos pra conseguir o que querem. “Os meios justificam os fins” poderia ser o slogan do CRUEL. Por isso, amo distopias. Elas me ensinam tanto sobre a natureza humana, coisas do nosso dia a dia são amplificadas e reagimos à elas de maneiras diferentes. Aprendo tanto com os personagens e seus sacrifícios também, mesmo que doa uma boa dose de realidade é boa as vezes. 

Então, eu recomendo muito a leitura desta trilogia. James fez um trabalho excepcional que merece ser contemplado e apreciado. Um misto de fortes emoções te espera nessas páginas e sempre vale a pena descobrir se CRUEL é bom ou não, afinal. 



Um comentário:

  1. OH MEU DEUSSSSSSSSS, THE MAZE RUNNER. Essa série, é uma das séries que mais me deixou nervosa ao ler. Desde o primeiro livro até o último, minha vontade era de roer todas as unhas das minhas mãos, sério!!!! Sim, claro, essa falta de respostas meio que dá mais nervoso ainda, mas no final, dá para perceber que o mistério é sempre bom. Wicked is good? Bem uma coisa eu sei... o musical é sim (AI MEU DEUS COMO EU SOU PIADISTA, SQN).

    Beijos,
    http://www.girlfromoz.com.br/

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