Resenha: Fragmentada - Teri Terry

Título: Fragmentada
Autor (a): Teri Terry
Editora: Farol Literário
Páginas: 424
SKOOB

Kyla não deveria se lembrar de nada quando foi reiniciada. Mas segredos do seu passado atormentam sua mente. Presa em uma luta contra a opressão dos lordeiros, e ansiando por liberdade, Kyla vê seu passado e presente colidir de uma forma que ameaça sua vida. Enquanto sua busca desesperada por Ben continua, em quem ela poderá confiar em um mundo repleto de segredos e mentiras? 

SPOILER ALERT!

Este livro é o segundo da trilogia Slated, de Teri Terry. Conheça o primeiro livro, Reiniciados.

Depois de Ben ter sido levado pelos Lordeiros, Kyla sente-se perdida. Além de lhe faltarem respostas, seu melhor amigo e namorado está desaparecido também. Kyla mantém uma máscara de aparente neutralidade, enquanto tenta lembrar e conectar os fios soltos de seu passado com os acontecimentos do presente. 

Já havia me apaixonado pela trilogia Slated de Teri Terry no primeiro livro, Reiniciados, mas em Fragmentada a autora dá uma guinada no rumo da história e adiciona à narrativa um ritmo mais acelerado, tudo carregado de muito suspense.

"Meus instintos gritam para que eu corra, me esconda, mas não consigo não olhar. Não posso tirar meus olhos das ruínas de fumaça. Eles estariam lá dentro? Queimados até a morte? Estremeço. Não posso suportar isso, não posso...
Mãos agarram meus ombros por trás".    Pg. 61

O passado de Kyla, ou seja lá qual for o seu nome, vem à tona a cada cena, deixando o leitor mais curioso à cada fragmento revelado. É difícil largar o livro e mais difícil ainda parar de pensar nele durante a maior parte do dia.

Para quem já gostou e se apegou à personagem principal em Reiniciados, terá boas surpresas em Fragmentada. Kyla está corajosa e suas atitudes a tornam forte. Para descobrir o que precisa, ela parece estar sempre arriscando tudo. 

Neste livro, Kyla ainda mantém um pouco de seus sentimentos confusos entre as lembranças que vêm em sonhos, pequenos insights e as ligações que a própria personagem faz entre os rostos de que lembra e as pessoas com as quais convive. 

"O medo à minha volta é tangível, uma coisa pegajosa e sufocante que você quase pode alcançar e tocar".     Pg. 201

A cada novo acontecimento, descobrimos mais do passado da protagonista. Kyla está dividida entre querer/precisar entender o seu passado e o medo de lembrar. A verdade pode ser cruel. E na maior parte do tempo, o é. 

"Mesmo que meus punhos se cerrem, mesmo que eu queira gritar pela frustração de todas essas falhas em minha memória, há uma grande verdade ali.
Eu não quero saber".    Pg. 216

O final foi incrível, tanto que gostaria muito de contar tudo aqui! Mas, claro, não vou fazê-lo. Tudo acontece muito rápido, não há grandes desfechos para a história em si, mas os acontecimentos provam à Kyla, mais uma vez, como é perigoso confiar em qualquer pessoa. 

Ah, e é claro que já não consigo mais esperar para ler o próximo...