Resenha: O Filho De Netuno - Rick Riordan


Título: O Filho De Netuno
Autor(a): Rick Riordan
Editora: Intrínseca
Páginas: 

A vida de Percy Jackson é assim mesmo: uma grande bagunça de deuses e monstros que, na maioria das vezes, acaba em problemas. Filho de Poseidon, o deus do mar, um belo dia ele acorda de um longo sono e não sabe muito mais do que o seu próprio nome. Mesmo quando a loba Lupa lhe conta que ele é um semideus e o treina para lutar usando a caneta/espada que carrega no bolso, sua mente continua nebulosa. De alguma forma, Percy consegue chegar a um acampamento de semideuses, mas o lugar não o ajuda a recobrar qualquer lembrança. A única coisa que consegue recordar é outro nome: Annabeth.
Com seus novos amigos, Hazel e Frank, Percy descobre que o deus da morte, Tânatos, está aprisionado e que Gaia pretende reunir um exército de gigantes para dominar o mundo e reescrever as regras da vida e da morte. Juntos, os três embarcam em uma missão aparentemente impossível rumo ao Alasca, uma terra além do controle dos deuses, para cumprir seus papéis na misteriosa Profecia dos Sete. Se falharem, as consequências, é claro, serão desastrosas.

Capa muito bonita, fazendo referencia a um momento importante da história, como é de costume as capas dos livros do Rick Riordan.

O Filho de Netuno é a continuação da série Os Heróis do Olimpo, iniciada com O Herói Perdido. Percy Jackson não se lembra de nada, a não ser de outro nome: Annabeth. O nosso conhecido e amado herói está em uma situação parecida a que vivenciamos com Jason Grace no primeiro livro; desorientado, mas com um pouco de conhecimento sobre o seu mundo, ele chega ao Acampamento Júpiter, que a primeira vista tem muito em comum com o Acampamento Meio-Sangue, a não ser por ser um acampamento para semideuses romanos. O que confirma as suspeitas tidas no primeiro livro, de que realmente existe o estilo de vida/mitologia romana. E, agora Percy está metido nela.

Percy sendo Percy, já chega no Acampamento detonando, e após um breve reconhecimento de campo, tomamos conhecimento de que a situação está bem pior do que no final do primeiro livro. O plano diabólico de Gaia está cada vez mais perto de se concretizar, afinal agora ela conseguiu prender a Morte... E como cabe a bons heróis, a próxima missão do Acampamento romano será libertá-la e tentar evitar que o lar dos semideuses romanos seja destruído.

Como é bom ter Percy de volta a ativa! Esse livro fecha, por assim dizer, o mistério iniciado em O Herói Perdido e cristaliza mais ainda o novo tema dessa série, uma mescla da mitologia grega e romana. Dois lados que se tornaram inimigos mortais ao longo de tempo e que agora precisarão lutar lado a lado se quiserem sobreviver a Gaia. 

Mesmo sem memória Percy continua engraçado, inteligente (acho que até menos lerdo haha) e um lutador impar. A trama, no geral, vai tomando mais consistência ao longo desse livro e creio que completamos o círculo dos sete semideus da Grande Profecia. Hazel e Frank são os mais novos amigos e companheiros de missão de nosso Percy desmemoriado. Ela filha de Plutão (Hades para os gregos), ele filho de Marte (Ares). 

Hazel e Frank são fiéis, bom soldados, mas como qualquer herói possuem inseguranças e segredos que podem destruí-los. O jeito romano de viver e de treinar os seus semideuses é totalmente diferente do método grego e em vários momentos podemos ver isso nos dois quando percebem a diferença de seus atos com o de Percy, e Percy inspira confiança neles o que faz tais personagens evoluírem ao longo da história. No entanto, a ladainha interminável de Frank me fez não ser grande fã dele. Hazel é semelhante, tem um passado e tanto, mas é um passado interessante e, a força dela aparece nos momentos certos. Posso estar sendo injusta com Frank, ele também ajuda e no final se supera, mas precisava ser tão chorão?

A leitura das aventuras de nossos heróis é boa no geral, porém na maior parte do tempo a história não tem nada de extraordinário, e a leitura é morna e para ser sincera era meio cansativo esse lance com os nomes romanos e gregos, pois basicamente é a mesma mitologia apenas a nomenclatura é diferente. E, não me agradou muito o estilo romano. Falam mal dos gregos, mas são arrogantes, cruéis e do que adianta toda a organização e disciplina se em um segundo se apunhalariam pelas costas?

Então, por que as quatro estrelas? Porque eu gostei do livro, se tratando de algo escrito por Rick Riordan acho meio impossível não me agradar, porque eu adoro a escrita leve e precisa dele e o senso de humor com que ele caracteriza os personagens que me faz rir muito. E a leitura pode passar sem grandes acontecimentos, mas é interessante e vai tecendo uma teia para os acontecimentos futuros que eu estou ansiosa para ver, além disso, mal posso esperar para ver essa turma trabalhando em conjunto. 







2 comentários:

  1. Linda resenha! Gosto bastante da série do Percy Jackson "falta só 3 livros do Percy mesmo" e também não vejo a hora de ler os do Herói do Olimpo. :D Nota 10! Parabéns.

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    1. Obrigada :3
      A série do Percy é ótima mesmo! E essa é legal para continuar acompanhando a jornada dele! <3

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