Resenha: Cidade das Cinzas - Cassandra Clare

Título: Cidade Das Cinzas
Autor(a): Cassandra Clare
Série: Instrumentos Mortais, vol. 2
Editora: Galera Record
Páginas: 404

SKOOB

Clary Fray só queria que sua vida voltasse ao normal. Mas o que é “normal” quando você é uma Caçadora de Sombras assassina de demônios, sua mãe está em um coma magicamente induzido e você de repente descobre que criaturas como lobisomens, vampiros e fadas realmente existem? Se Clary deixasse o mundo dos Caçadores de Sombras para trás, isso significaria mais tempo com o melhor amigo, Simon, que está se tornando mais do que só isso. Mas o mundo dos Caçadores não está disposto a abrir mão de Clary — especialmente o belo e irritante Jace, que por acaso ela descobriu ser seu irmão. E a única chance de salvar a mãe dos dois parece ser encontrar o perverso ex-Caçador de Sombras Valentim, que com certeza é louco, mau... e também o pai de Clary e Jace.Para complicar ainda mais, alguém na cidade de Nova York está matando jovens do Submundo. Será que Valentim está por trás dessas mortes? E se sim, qual é o seu objetivo? Quando o segundo dos Instrumentos Mortais, a Espada da Alma, é roubada, a aterrorizante Inquisidora chega ao Instituto para investigar — e suas suspeitas caem diretamente sobre Jace. Como Clary pode impedir os planos malignos de Valentim se Jace está disposto a trair tudo aquilo em que acredita para ajudar o pai?Nessa sequência de tirar o fôlego da série Os Instrumentos Mortais, Cassandra Clare atrai os leitores de volta para o lado mais obscuro do submundo de Nova York, onde amar nunca é seguro e o poder se torna a mais mortal das tentações. 

Primeiramente, adorei essa capa, a Galera caprichou muito. Esse azul é lindo e ficou harmônico com o cinza da cidade. A menina é Clary, com seus belos cabelos de fogo e se você observar bem a capa há elementos que dão algumas dicas do que vai acontecer. Mas, é claro que eu só percebi isso depois de ler e ficar olhando um tempão pra ela (hahaha). Como sou boazinha vou contar pra vocês; o barco bem escondido nas sombras é importante, a ponte e o rio. É ali que acontece a cena mais épica de todas. Agora chega de spoilers e vamos ao que interessa.

Depois da revelação de tirar o fôlego de Cidade dos Ossos - pra quem não lembra Jace é irmão da Clary -, não tinha como eu não ler a continuação...

A mãe de Clary continua em coma sem sinal de que vai acordar, enquanto isso Clary tenta se adaptar com a descoberta desse novo mundo que a rodeia e aceitar que o menino que ela gosta é o seu irmão. E é assim que ela começa a sair com Simon que está agindo, no mínimo, estranho.

E Jace tem que arcar com as consequências de ser o filho de Valentim, expulso do Instituto a primeira coisa que ele faz é arrumar confusão e é assim que presencia a morte de um vampiro, mas estranhamente ele não é a primeira criatura do Submundo que morre misteriosamente... No entanto, a Clave insiste em ignorar essas mortes e se focar na ideia que Jace foi um espião de Valentim todo esse tempo e sabe onde ele está.

E é ai que surge uma personagem tenebrosa: a Inquisidora. Por desconfiar de Jace ela manda prende-lo na Cidade do Silêncio. E enquanto está lá Jace presencia a carnificina dos Irmãos do Silêncio e o roubo do segundo dos Instrumentos Mortais, por ninguém menos que Valentim. Mas, o que Valentim quer com a Espada da Alma? E será ele responsável pelas mortes das criaturas do Submundo? A guerra se aproxima, mas o que os jovens Caçadores de Sombra poderão fazer se ninguém acredita neles?

Primeiro a Clary, de quem eu tinha gostado no outro livro, está insuportável no começo. Eu entendo que seja difícil pra ela com tudo o que passou, mas parece que tudo o que ela não se lamentou no primeiro livro veio em dobro nesse. E ainda tem o lance com Simon, ela começa a “namora-lo”, mas isso é obviamente uma atitude pra tentar esquecer o Jace e que, diga-se de passagem, não dá muito certo... Mas, depois de um tempo ela volta a ser a menina decidida e determinada. E eu adorei os diálogos dela com o Valentim, simplesmente incríveis!

O Simon é engraçado e fofinho, mas eu não o achava um personagem lá muito interessante, no entanto fiquei bem surpresa com o que a autora fez com ele. Acho que isso deixou as coisas bem mais legais e com certeza o personagem terá um papel mais importante do que apenas o “melhor amigo da personagem principal” (haha).

Agora vamos falar da estrela do livro: Jace. Quando terminei Cidade dos Ossos eu não tinha uma opinião totalmente formada sobre o Jace, mas depois desse livro finalmente aconteceu... Estou apaixonada! Não tem como não amar ele, com o aquele ar de indiferença e arrogância, fingindo não se importar que as pessoas que ele ama pensem que ele está ajudando Valentim. Com as frases engraçadinhas e sarcásticas (que me fazem rir alto) tentando mascarar toda a dor e decepção que sente pela menina que ele ama ser sua irmã. Além disso, em algumas cenas ele realmente me surpreendeu por sua frieza e estratégia.

Para mim um bom vilão deve despertar pena ao mesmo tempo em que faz a gente odia-lo profundamente. No primeiro livro eu senti apenas pena do Valentim, mas nesse segundo livro... Uau! Ele me fez odia-lo profundamente com todas as minhas forças. O plano dele é diabólico e ele deixou bem claro que vai realiza-lo a todo custo; O pior é que como todo vilão ele acredita estar fazendo o certo, o melhor para todos. Eu espero muito que ele tenha um final bem lento e doloroso (Muaaahhh).

Há alguns personagens novos agradáveis, mas minha maior alegria foi o destaque de Magnus Bane. Eu simplesmente adoro ele! Excêntrico, divertido e amigo leal. Além disso, a relação dele com o Alec me agrada pelos dois serem opostos e acho que eles meio que se completam. E o Alec está bem mais agradável nesse livro, acho que ele finalmente está descobrindo quem ele realmente é.

O ritmo do livro é bom, sempre trazendo novas surpresas e diálogos interessantes, além de uma boa dose de novos mistérios. E há alguns capítulos narrados por Simon e Jace (*-*). Estou gostando do rumo que a autora está dando para a história, aos poucos percebemos que certas coisas estão ligadas e as novas revelações deixaram tudo mais intrigante, principalmente a novidade a cerca de certos “poderes” de Clary e Jace. Mas, há muito para ser revelado ainda...

E quanto ao “relacionamento” do casal: é doloroso ver que eles se amam, mas não podem ficar juntos. Há algumas cenas fofinhas (e uma em particular de tirar o fôlego) e também a certo desconforto pela récem-descoberta e a tentativa de adaptação de como irmãos devem agir uns com os outros que falha totalmente haha.

As últimas cem páginas são eletrizantes e muito boas, as cenas de ação são maravilhosas e as folhas são viradas avidamente, o final então é animador e desperta uma certa expectativa. Tradução: Preciso de Cidade de Vidro pra ontem!

Em resumo, é uma continuação que não deixa a desejar e direcionou a história, agora é ver para até onde a autora vai leva-la. E fiquem ligados, o filme Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos estreia dia 23 de Agosto.

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