Resenha: O Nome Do Vento - Patrick Rothfuss


Título: O Nome Do Vento
Autor(a): Patrick Rothfuss
Série: A Crônica Do Matador Do Rei #1
Editora: Sextante
Páginas: 648
SKOOB

Sinopse: Ninguém sabe ao certo quem é o herói ou o vilão desse fascinante universo criado por Patrick Rothfuss. Na realidade, essas duas figuras se concentram em Kote, um homem enigmático que se esconde sob a identidade de proprietário da hospedaria Marco do Percurso.  Da infância numa trupe de artistas itinerantes, passando pelos anos vividos numa cidade hostil e pelo esforço para ingressar na escola de magia, O nome do vento acompanha a trajetória de Kote e as duas forças que movem sua vida: o desejo de aprender o mistério por trás da arte de nomear as coisas e a necessidade de reunir informações sobre o Chandriano - os lendários demônios que assassinaram sua família no passado.  Quando esses seres do mal reaparecem na cidade, um cronista suspeita de que o misterioso Kote seja o personagem principal de diversas histórias que rondam a região e decide aproximar-se dele para descobrir a verdade. Pouco a pouco, a história de Kote vai sendo revelada, assim como sua multifacetada personalidade - notório mago, esmerado ladrão, amante viril, herói salvador, músico magistral, assassino infame.  Nesta provocante narrativa, o leitor é transportado para um mundo fantástico, repleto de mitos e seres fabulosos, heróis e vilões, ladrões e trovadores, amor e ódio, paixão e vingança.

Admito que o livro não é exatamente o que eu esperava. A história toma um caminho diferente das minhas expectativas, mas é aquilo que se propõe ser: a crônica de um herói ou vilão, dependendo do ponto de vista. Primeiro, a capa é linda, passa a sensação de grandiosidade. E uma curiosidade, é feita pelo mesmo ilustrador das Crônicas de Gelo e Fogo.

O Nome do Vento conta a história de Kvothe (lê-se: “Kuouth”) que, atualmente usa o nome de Kote e vive disfarçado como dono da Pousada Marco do Percurso (Adorei esse nome!). Desde o começo ele é cercado por uma áurea de mistério e não fala sobre seu passado, até aparecer um Cronista que o convence a contá-lo.

No mundo mágico que se passa a história tudo tem um nome, dragões existem e as pessoas vivem com medo de um grupo demoníaco que assassina pessoas para manter seus segredos em sigilo, nesse cenário Kvothe é uma lenda, seus feitos são contados pelos Quatro Cantos. No entanto, sua história é triste – tive que segurar as lágrimas em vários momentos. Seus pais foram assassinados pelo Chandriano, o grupo que para muitos só existe em contos infantis. Assim, ele se vê sozinho e começa a mendigar em uma cidade, enfrentando mais dificuldades que um garoto de 12 anos é capaz de suportar.
Mas a verdadeira emoção tem inicio quando Kvothe vai para a Universidade, lá ele tem a esperança de aprender o nome do vento, algo com que sonha desde pequeno quando viu o vento se curvar ao chamado de um homem.
“Ele havia chamado o vento, e o vento viera. Magia de verdade. (...) Embora não o soubesse na época, eu buscava o nome do vento.”

O autor escreve muito bem, com sutileza e sem excesso de detalhes. Bem construída, com pensamentos perspicazes que chegam a ser filosóficos, e com humor na quantia certa a história é boa, porém em algumas partes torna-se monótona, deixando a desejar.

No quesito personagem favorito, escolho Kvothe, inteligente, de língua afiada e ousado, não tem medo de desafiar ninguém para conseguir o que quer, ele é movido pelo desejo de aprender e não pelo desejo de vingança, o que mais me surpreendeu. Mas isso não quer dizer que ele não pense em se vingar dos algozes de seus pais.

Denna também é uma personagem interessante, muito misteriosa ela faz o papel feminino na história e, é claro que nosso herói se apaixona por ela. Não se é revelado muito sobre ela e não consegui perceber “qual é a dela”. Mas sua presença dá o toque que faltava.

E em uma história que tem a maior parte contada em uma escola, não podia faltar o professor maluco. Aqui ele é representado por Elodin que - estranha coincidência - conhece o nome das coisas. Ele é, no mínimo, hilariante. Anda descalço, sobe em telhados e diz coisas sem sentido e engraçadíssimas.

Enfim O Nome do Vento é uma boa leitura se você estiver disposto a enfrentar as 648 páginas e no computo geral, vale a pena. Ele possui continuação e estou curiosa, pois o passado de Kvothe continuara a ser contado em O Temor do Sábio. 




4 comentários:

  1. Estou querendo esse livro a muito tempo mas ele é muito caro e eu sempre acabo colocando outros na frente :D

    beijos, me visita?
    www.amostradelivros.blogspot.com.br

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    1. Eu só li por que um amigo me emprestou, por que ele é caro mesmo. E ainda possui continuação...

      Visitei e também comentei numa resenha :)
      Beijos

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  2. Ano passado comecei a ler As Crônicas de Gelo e Fogo e gostei bastante, mas não sei se, num futuro próximo, irei começar outra série de literatura fantástica. A leitura um pouco arrastada pode ser um grande problema para mim, o que fica bem pior quando o livro tem 648 páginas. Mesmo assim, a história parece muito interessante, mas não para agora.

    Beijos

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    1. É realmente um problema quanto o livro fica lento... Se não fosse isso, "O Nome Do Vento" seria incrivelmente mais legal. Estou torcendo para que o segundo livro da série seja melhor.

      Beijos.

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