Resenha: Ladrões de Sonhos - Maggie Stiefvater

Título: Ladrões de Sonhos
Autor (a): Maggie Stiefvater
Editora: Verus
Páginas: 434
Ao lado de Blue, os garotos corvos — o privilegiado Gansey, o torturado Adam, o espectral Noah e o sombrio e perigoso Ronan — continuam sua busca pelo lendário rei galês Glendower. Mas suas explorações enfrentam um duro contratempo conforme segredos, sonhos e pesadelos começam a enfraquecer a linha ley — um canal invisível de energia que conecta lugares sagrados e que pode levá-los até o rei.
Será por isso que a floresta mística de Cabeswater sumiu inexplicavelmente? Quem é o misterioso Homem Cinzento e por que ele está procurando o Greywaren, uma relíquia que permite tirar objetos de sonhos? E o que isso tem a ver com o indecifrável Ronan?
Conforme Blue e os garotos corvos procuram respostas a essas e outras questões, o perigo que os envolve se torna cada vez mais real, e será preciso apostar todas as fichas nessa aventura enigmática.

Ladrões de Sonhos é o segundo livro d'A Saga dos Corvos. Com o final surpreendente do primeiro livro, um oferecimento Ronan Lynch, era de se esperar que este segundo livro fosse revelador, incrível e de tirar o fôlego. Então, essa é a hora que eu digo a vocês que eu não tenho palavras para falar sobre esse livro porque a maravilhosidade dele está além de palavras. 

O foco de Ladrões de Sonhos está inteiramente em Ronan. Quem leu Cidade dos Anjos Caídos vai entender muito bem o clima deste livro. Ronan é um personagem chave para a trama, então neste ponto a Maggie decidiu desenvolver a sua história, personalidade e habilidades. Então, a busca por Glendower ainda está lá, mas não é mais prioridade total, e os outros personagens ainda aparecem, mas não com o mesmo brilho que anteriormente.
Naquele momento, Blue estava um pouco apaixonada por todos eles. Pela magia deles. Pela busca deles. Pela voracidade e pela estranheza deles. Seus garotos corvos.
(Ou como a Maggie tem a capacidade de descrever com as emoções dos personagens o que eu mesma estou sentindo)

Enquanto Ronan tenta se acertar com seus segredos e problemas, eis que surge um misterioso personagem chamado de Homem Cinzento, que também está empreendendo uma busca, por algo chamado Greywaren.

Eu não sei muito bem como começar essa resenha, então vou colocar um tweet que postei durante a leitura para deixar as coisas um pouco mais claras (ou não).

Nível de obsessão: Agora sou a Blue no Twitter
Resumindo: Maggie Stiefvater se tornou uma das minhas autoras favoritas do momento, o mundo que ela criou está consumindo a minha vida e cada pensamento que tenho tido é para seus personagens (sério). Pensei que o livro seria um pouco maçante com um foco em apenas um personagem, mas eu deveria saber que a Maggie nunca me decepcionaria. Ela é mestra em escrever cenas incríveis, diálogos que eu preciso reler até decorar de tão perfeitos, sem falar no desenvolvimento e caracterização impecáveis dos personagens. Mesmo os outros personagens aparecendo pouco eles não ficam isolados ou são deixados de lados, a autora consegue desenvolve-los e fazer sua história avançar, principalmente Gansey e Blue (SIM, THE OTP IS COMING, GET READY)

E tudo isso se deve a enorme e brilhante capacidade da Maggie de ligar os acontecimentos e emoções. E o frenesi e falta de ar que senti ao ler esse livro ou de pensar no futuro dessa série vem do fato de a Maggie esclarecer as coisas, porém não entregar o jogo, ela apenas nos diz o que precisamos saber ao mesmo tempo que nos mostra deixa tudo em aberto para milhões de teorias. 
Ronan saltou para fora do carro e bateu a porta. A questão a respeito de Ronan Lynch, Adam havia descoberto, era que ele não gostava de — ou não conseguia — se expressar com palavras. Então cada emoção tinha de ser soletrada de alguma outra maneira. Um punho, um fogo, uma garrafa.
Agora vamos falar sobre Ronan, já que ele é o destaque do livro. Eu não sei quanto eu posso falar sobre as “habilidades” dele porque eu não sou um filtro confiável de spoilers, só digamos que Ronan é uma peça chave em toda a trama das linhas ley, Cabeswater, etc. Ronan foi aquele personagem que eu gostava, mas não com tanto afinco no primeiro livro. Porém, não tem como não se apaixonar por essa pessoa torturada, solitária, sofrida e que encobre tudo isso em uma máscara de arrogância, coragem e “eu não ligo pra nada”. Ele faz muita (MUITA) besteira nesse livro, toma atitudes nada saudáveis e estúpidas, porém é um daqueles personagens que você acaba por compreender e amar. Em resumo: Amo odiar Ronan Lynch.

O único ponto em que tive problemas com o livro foi nos pov's do Adam. Toda a sua crise existencial, estresse e desequilíbrio emocional por causa do que aconteceu em Cabeswater são totalmente compreensíveis, mas apesar de entender isso não me irritou menos ou tornou tudo maçante. Ainda te amo Adam, porém melhore, migo. 

"Eu já disse alguma vez o quanto eu te odeio?"
Ou como descrever minha relação com o Ronan
É a única coisa que vocês precisam saber sobre a Blue neste livro é: melhor personagem de YA ever. Resumindo (de novo): se você ainda não deu uma chance para Os Garotos Corvos, essa é a hora. Existem pouquíssimas chances de você não apreciar o mundo criado pela Maggie, ela faz mágica com as palavras; e se a história não te conquistar pode ter certeza que os personagens vão. É tudo tão maravilhoso, perfeito, bem construído em um nível que se torna indescritível. 


2 comentários:

  1. Maggie Stiefvater é uma das melhores autoras que já tive o prazer de conhecer, e, lendo sua resenha, me deu uma vontade gigante de reler Os garotos corvos. Estou esperando ainda pelo último livro - e que sofrimento! Hahahaha

    Beijos! | ape56.blogspot.com

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  2. Oi, Débora! Tudo bem?

    Este livro deve ser demais!
    Amei a resenha, e óbvio, quero ler! :)

    Beijos!
    Participe do "Carnaval com Livros" no Irmãos Livreiros

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