Autor(a): Lauren Oliver
Editora: Intrínseca
Páginas: 304
SKOOB
Dividida entre o passado — Alex, a luta pela sobrevivência na Selva — e o presente, no qual crescem as sementes de uma violenta revolução, Lena Haloway terá que lutar contra um sistema cada vez mais repressor sem, porém, se transformar em um zumbi: modo como os Inválidos se referem aos curados. Não importa o quanto o governo tema as emoções, as faíscas da revolta pouco a pouco incendeiam a sociedade, vindas de todos os lugares… inclusive de dentro.
“Não existe o antes. Só existem o agora e o que vem depois” pág. 22
Devo dizer que durante a leitura fiquei encantada com o roxo dessa capa. Gosto muito de roxo e esse brilhoso era lindo, eu ficava mudando ele contra a luz igual uma criança, mas não por muito tempo porque Pandemônio me prendeu, sugou minha atenção totalmente.
Pandemônio começa exatamente onde Delírio terminou, com Lena se embrenhando na Selva, confusa e em choque pelo o que acabou de acontecer. Então, após alguns dias, quase a beira da morte e desejando morrer, ela é salva por Graúna, uma Inválida que a leva para um Lar, onde Lena se recupera fisicamente e tenta juntar os pedaços do que sobrou do seu coração destruído pelo deliria e pela perda de seu amor, Alex.
Lauren Oliver teve uma sacada genial nesse livro que foi: ela o dividiu em duas partes. O “antes”, aonde acompanhamos Lena na Selva, e conhecemos profundamente esse mundo que foi apenas mostrado de relance em Delírio; e o “agora”, que nos mostra Lena de volta a “civilização” como uma infiltrada da resistência e, que é sequestrada com Julian Fineman, símbolo da organização América Sem Deliria (ASD). Essas partes são alternadas, o que confere ao livro uma dinâmica extraordinária, além de cada final de capítulo ser chocante, e então eu tinha que esperar mais um para descobrir o que aconteceu.
“Amor, o mais mortal de todos os males. O amor pode matar. Alex. Você pode tanto morrer de amor... Alex. ...quanto da falta dele. Alex.” pág. 14
Por onde começar? Eu sempre me faço essas perguntas nas minhas resenhas, mas com a de Pandemônio está difícil! Eu gostei muito de Delírio, achei o desenvolvimento incrível, tudo muito bem construído e pensado e, claro que, nesse segundo livro não podia ser diferente, eu só me apaixonei mais e mais (e mais) pela escrita da Lauren Oliver, e a maneira como ela nos conduz pela história, desenvolve os personagens, os acontecimentos, e nos apresenta um novo mundo e uma nova maneira de viver que com Delírio nunca desconfiávamos que existisse.
Pandemônio expandiu o universo que conhecemos... Ficamos a par da difícil e cruel vida na Selva, e com Lena acompanhamos mais reflexões sobre esse mundo sem amor. Para mim há melhor jogada do mundo foi o seguinte: A Lauren nós dá todos os motivos de o porque o mundo com a cura ser mais limpo, civilizado e melhor, mas depois de nos apresentar tais argumentos ela os contrapõem com motivos precisos de o porque a cura não é o melhor e que precisamos sim de amor. Lena aprende e percebe isso mais do nunca. Foi o que mais significou e me agradou nesse magnífico livro.
“Aquela vida de antes morreu (...) E a Lena de antes também. Eu a enterrei. Deixe-a do outro lado da cerca, atrás de uma parede de fumaças e chamas.” pág. 8
Lena foi à estrela desse livro. Gostava dela, mas nesse estágio da história ela se superou. Manteve-se forte, corajosa e lutou pela sua vida mesmo que não tivesse motivos para fazê-lo, a lembrança do Alex constante em sua mente a fez seguir em frente, mesmo que fosse tão doloroso. Falando nisso, senti falta do Alex em cada linha e sentia um aperto no peito toda vez em que a Lena pensava nele; era com tanto afeto e perda que, ah, impossível não encher os olhos de lágrimas.
Sobre Julian, ele é o novo par romântico da Lena. E apesar de ser Team Alex, não consegui não gostar dele. Um personagem sensível, com as crenças de sua sociedade enraizadas, mas que tem seus receios sobre as mesmas, e uma história “triste”. Voilá! Um personagem complexo e apaixonante. E ainda bem (ou não) que a Lena não podia me ouvir gritando toda vez que ela se aproximava dele, física e emocionalmente: “ALEX. Lembra dele? DO ALEX?”, porque ela teria ficado surda haha. E, apesar de meu lado racional dizer que eu deveria achar a Lena fácil, volúvel e promíscua por já se apaixonar de novo, o amor não é assim, afinal? Ele nos destrói, nos deixa um vazio, mas ele volta, nos preenche e nos faz sentir vivos novamente; e era disso que Lena precisava.
Lauren conseguiu entrelaçar muito bem o destino de Lena com a questão revolucionária e como as pessoas estão lutando cada vez mais para não serem curadas, e apesar de o livro não conter muita ação, senti tudo menos enfadonho ou tédio durante a leitura. Lauren tem o dom de transformar a mais simples cena em algo grandioso e rico, com suas descrições perspicazes e metáforas.
Enfim, isso aqui já ficou maior que As Crônicas de Gelo e Fogo, acho que perceberam que adorei o livro e que, apesar de alguns defeitos, está maravilhoso! Só uma observação sobre o final: Senhor amado, graças a Deus (e a Intrínseca) que Réquiem, o desfecho da trilogia, saiu esse mês, porque que final chocante, surprise motherfucker foi aquele, hein?!
Beijos :*
As capas dessa série são lindas <3.
ResponderExcluirOs livros em si não chamam muito minha atenção, acho que não curti muito a premissa em questão. Entretanto já li outro livro da autora, Antes que eu vá, e amei <3.
memorias-de-leitura.blogspot.com
Oii, realmente as capas são lindas, elas mudam de acordo com a luz o que dá um toque especial! Eu sempre achei interessante essa trama do mundo considerar o amor uma doença, mas de uma chance, talvez você acabe gostando ;)
ExcluirQuero muito ler Antes que eu vá, só ouvi coisas boas!
Beijos!
Também amei esse livro! Que final foi esse?
ResponderExcluirMe deixou com coração na mão pela continuação...
Ainda bem que jajá ela será publicada!
Beijos,
http://www.interacaoliteraria.com/
O final é de perder a cabeça! Eu no fundo acreditava que ele estava vivo, mas ver por mim mesmo foi :O
ExcluirBeijos!