Resenha: Eldest - Christopher Paolini

Título: Eldest
Autor(a): Christopher Paolini
Editora: Rocco
Páginas: 642
SKOOB
Eldest acompanha o amadurecimento do jovem guerreiro protagonista da história. A narrativa começa três dias após a cruel batalha travada por Eragon para libertar o Império das forças do mal. O Cavaleiro de Dragões se vê envolvido em novas e emocionantes aventuras. Em busca de um tal Togira Ikonoka, O Imperfeito que é Perfeito, que supostamente possui as respostas para todas as suas perguntas, Eragon parte, junto com Saphira, o dragão azul que o acompanha desde o início da aventura, para Ellesméra, a terra onde vivem os elfos. Lá, eles pretendem aprender os segredos da magia, da esgrima e aperfeiçoar o seu domínio da língua antiga.


Já faz um longo tempo que li Eragon e só agora tive a oportunidade de ler a continuação, Eldest. O problema em demorar tanto tempo para ler foi que acabei esquecendo algumas informações o que me fez demorar a engatar na leitura desse volume.

O meu personagem favorito era Brom e como quem leu bem sabe, ele morreu. Então o que você faz quando o seu personagem favorito morre? Encontra outro! Eu escolhi o Murtagh. Eba! Agora posso ler em paz! Quem dera.

O livro começa logo depois do final de Eragon, o nosso Cavaleiro anda sobre os cadáveres da grande batalha que os Varden enfrentaram, no entanto a guerra está apenas começando. O início já é acelerado. Temos uma armadilha feita pelos Urgal que acabam matando o rei dos Varden e, supostamente, Murtagh também (e lá se vai meu personagem favorito).  Mesmo sobre esse trágico acontecimento que pode causar grande instabilidade na política dos Varden Eragon é obrigado a partir com Arya para Ellesméra, a capital dos elfos, aonde poderá ter o treinamento adequado a um Cavaleiro de Dragão. Mas, ele mal sabe que muitas surpresas o aguardam. 

Então, agora depois de ler Eldest escolho Saphira como minha personagem favorita e se o Christopher pensar em matá-la ou denegri-la teremos uma conversa MUITO séria :). O que falar sobre Eldest? Vou começar pelos personagens. Eragon não é mais  mesmo, durante o livro em decorrência de seu treinamento ele vai mudando até chegar a um ponto em que sua aparência, pensamentos e atitudes mudam radicalmente. Ao final desse livro, e após mais uma épica e difícil batalha posso dizer que Eragon agora é em todos os sentidos e aspectos um verdadeiro Cavaleiro de Dragão. E eu amo esse novo Eragon.

Saphira está cada vez melhor. Mais companheira, mais sábia (sério gente, o que seria do Eragon sem os conselhos dela?!), mais sarcástica (adoro humor de dragão haha), mais poderosa. Em suma, ambos evoluíram muito nesse segundo volume, mas algo que só decaiu foi a relação de Eragon e Arya. Eragon está apaixonado pela elfa, mas é claro que ela só demonstra frieza e recusa qualquer flerte. Sinceramente, em alguns momentos eu fiquei com muita raiva dela e de sua arrogância élfica, o que me fazia gritar alto de frustração em diversas passagens (minha mãe me achando louca por gritar com um livro, provavelmente ela tem razão, mas...né)

Sobre a história em si. A escrita do Christopher é cativante e tão cheia de detalhes que não sei como ele consegue imaginar tudo aquilo. O modo como ele nos pinta o reino élfico é impressionante, no entanto algumas partes eu achei desnecessárias além de grandes demais. Algumas reflexões são exageradamente longas e muitas vezes fiquei entediada. Mas, as surpresas e belezas no decorrer da história compensam. Particularmente, a aparição de dois personagens que me deixaram de boca aberta, mas não vou falar porque seria um mega spoiler, só digo que Togira Ikonoka, O Imperfeito que é Perfeito não é exatamente quem eu pensava!

Não podemos esquecer o primo de Eragon, Roran. Afinal, o Império também não o esqueceu. Roran ganha grande destaque e capítulos nesse livro, sua vida é diretamente afetada pela situação em que Eragon se meteu e o Rei manda capturá-lo, o que acaba envolvendo todo o vilarejo de Carvalhal. Vou lhes dizer: eu quase dormia nas partes do Roran, exceto por algumas pequenas passagens e pelos capítulos finais que finalmente tornaram-se interessantes. 

Em suma, é uma ótima leitura e funciona bem como continuação. Tem um ritmo moderado e os personagens evoluem de forma positiva e cadê vez mais a trama se fecha e as intrigas crescem, o final só te faz querer mais e mais desse universo e a cabeça de Galbatorix pelas maldades que ele continua cometendo. Só sei que Brisingr promete!




2 comentários:

  1. A primeira vez que li Eldest eu simplesmente odiei. Mas, anos depois, em 2011, quando reli Eragon e Eldest para me preparar para a leitura do livro final, Herança (não, eu ainda não reli Brisingr, tampouco li Herança, haha), tive uma visão diferente do livro. Adorei cada segundo, e Paolini e tornou um dos meus escritores preferidos *-* Debs, você precisa ler Brisingr e fazer a resenha. Acredito que irá amar. É o meu favorito dos três primeiros do Ciclo. Preciso ler Herança ainda :)
    Só lembrando que, aos que esperam que Eldest seja o nome de um personagem, assim como "Eragon" foi, vocês nunca irão encontrar alguém com este nome no livro. Eldest significa "mais velho" ou "primogênito". E essa escolha de título só faz sentido bem no final do livro.
    Ótima resenha. Abração :)

    Dann

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    1. Esse livro foi para mim uma balança pendendo para o lado de eu realmente gostar da série. Eragon me conquistou e Eldest reafirmou a paixão pelo Ciclo da Herança. Acho que o Christopher é incrível, como eu disse, não é fácil criar um Universo tão rico e bem estruturado. E as surpresas que tive no final desse livro só me fizeram cada vez mais querer ler Brisingr que tenho certeza que será memorável. Realmente, o Christopher arrasou no titulo, nos fez ficar o livro todo esperando e no final faz total sentido, apesar de meu coração ter se partido por causa da terrível situação do "primogênito".
      Beijos.

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