Resenha: Morte Súbita - J.K. Rowling


Título: Morte Súbita
Autor(a): J.K. Rowling
Editora: Nova Fronteira
Páginas: 504
SKOOB

Sinopse: Quando Barry FairBrother morre inesperadamente aos quarenta e poucos anos, a pequena cidade de Pagford fica em estado de choque.
A aparência idílica do vilarejo, com uma praça de paralelepípedos e uma antiga abadia, esconde uma guerra.
Ricos em guerra com os pobres, adolescentes em guerra com seus pais, esposas em guerra com os maridos, professores em guerra com os alunos… Pagford não é o que parece ser à primeira vista.
A vaga deixada por Barry no conselho da paróquia logo se torna o catalisador para a maior guerra já vivida pelo vilarejo. Quem triunfará em uma eleição repleta de paixão, ambivalência e revelações inesperadas? Com muito humor negro, instigante e constantemente surpreendente, Morte Súbita é o primeiro livro para adultos de J.K. Rowling, autora de mais de 450 milhões de exemplares vendidos.

Há algo curioso sobre essa capa, quando a vi pela primeira vez achei muito feia, com essas cores berrantes e tal, mas depois de um tempo olhando para ela comecei a gostar e até achar bonita. Talvez porque seja uma escolha de cores diferentes, que eu nunca tinha visto em capas ou esse X que imita uma cédula de votação... Algo que é exatamente o assunto central de Morte Súbita: política.

Morte Súbita conta a história do vilarejo de Pagford - belo e cheio de “casas com cerquinhas brancas” - que tem uma rixa de décadas contra o decadente e cheio de drogados bairro de Fields. Bairro que leva suas crianças para estudar em Pagford e recebe verbas deste mesmo.

Os habitantes de Pagford não suportam tal coisa e as reuniões do Conselho Distrital são uma boa oportunidade para discutir a remoção do bairro que estraga a paisagem do perfeito vilarejo. No entanto, existem aqueles que são pró-Fields e defendem que Pagford pode ajudar aquelas pessoas desafortunadas. Um desses defensores é Barry Fairbrother, mas que após ter uma morte súbita deixa uma vacância e o espaço para os anti-Fields finalmente conseguirem o que querem. Ou não?

Com uma trama complexa e intricada, Morte Súbita mostra todos os pontos de vista de como a morte de Barry Fairbrother afeta os habitantes e, a partir dai a história se desenvolve, pois todas as decisões dos personagens visam um único objetivo: ocupar o cargo de Barry.

Cada capítulo acompanha um personagem, e no começo eles parecem não ter relação nenhuma um com o outro, mas depois de algumas páginas descobrimos que todos estão interligados. Há até algumas insinuações de segredos sórdidos, mas no final não dão em nada.

Nenhum personagem me agradou, todos eram chatos, vulgares e superficiais. Toda vez que eu começava a gostar de algum, ele ia lá e fazia algo estúpido e, além disso, eram muitos personagens o que no começo dificultava lembrar quem era quem e o que tinha acontecido anteriormente com eles.

Outra coisa que prejudicou o andamento da história foi a narrativa lenta, sem clímax, que se arrasta na caracterização dos personagens e em seus sentimentos, e na "ação", os acontecimentos quase não existem. A escrita de J.K.Rowling, no entanto, está impecável. Bem detalhada e cuidadosa, ela flui fácil e não deixa a desejar como acontece com a trama. É incrível ver como a escrita dela evoluiu desde Harry Potter, e falando nisso nunca pensei que ela poderia escrever um livro tão “pesado”.

Apesar de Morte Súbita ser rotulado como “adulto”, não imaginei que pudesse ser tão adulto. Com drogas, violência, sexo e dramas de gente grande. A diferença entre esse livro e a saga Harry Potter fica evidente, principalmente, nos personagens adolescentes. Beeem diferentes de nossos bruxos favoritos eles fumam, se drogam, falam palavrão a cada três palavras, entre outras coisas!

Resumindo, a história nem os personagens se destacam. A única coisa que dá um certo brilho à obra é a escrita maravilhosa da J.K. Rowling. 

Classificação:


2 comentários:

  1. Oi Vanille, tudo bom?
    Não acredito que vocÊ não gostou do Morte Subita.. que pena :(
    Eu estou gostando bastante e bem, quando a gente começa a crescer um pouco, esses temas soam mais reais do que temas infantis geralmente abordados, como nos livros da Meg, e em alguns outros.
    Eu estou adorando e a JK é uma linda, a escrita é perfeita!

    Tem post novo lá no blog!
    Beijão
    endless-poem.blogspot.com.br

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  2. Oii. Bem, Débora, primeiro gostaria de dizer que a resenha está muito boa - contudo, eu discordo em gênero, número e grau. Os personagens são fascinantes (e é essa "humanidade" distorcida e corrupta deles o que os torna tão reais e palpáveis). Confesso que achei o início da trama lenta,assim como você, mas, com o passar do tempo, "virar a página" se tornou um ato praticamente imperceptível. Eu me apaixonei por personagens como Krystal Weedom, Sukhvinder Gaia e Andrew (e até mesmo Samantha). Mas é claro que também odiei alguns, como Howard e sua esposa, Maureen, dentre outros. Não apenas o estilo narrativo de Rowling foi intríncado e muito bem elaborado, mas também a psique de cada personagens, o que me fascinou.

    XoXo, Dan

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